Com um ex-vereador pelo PS a candidatar-se à frente de uma lista de cidadãos, com um muito conhecido deputado da Assembleia da República a candidatar-se à frente da lista que congrega PSD e CDS, com o presidente do partido Aliança à frente da lista candidata a Torres Vedras e sofrendo o embate do falecimento do presidente Carlos Bernardes, o PS Torres Vedras venceu as eleições mantendo a maioria absoluta na Câmara e na Assembleia Municipal.
Embora tenha aguentado o embate eleitoral, o PS perdeu um vereador para a coligação Afirmar Torres Vedras (PSD/CDS/PPM), perdeu 3.307 votos para a câmara municipal, relativamente às eleições de 2017, perdendo também votos em Campelos e Outeiro da Cabeça, freguesia que perdeu para o PSD, Dois Portos e Runa, Maxial e Monte Redondo, Santa Maria S. Pedro e Matacães, S. Pedro da Cadeira, Silveira, Turcifal e Ventosa. O PS conquistou a freguesia de Freiria ao PSD.
Pode dizer-se que o PS teve um comportamento misto nestas eleições, perdendo votos, mas mantendo a maioria absoluta e resistindo aos muitos desafios que esta eleição representou.
O grupo de cidadãos Unidos Por Torres Vedras de Sérgio Galvão, embora só se tenha candidatado à câmara, à assembleia municipal e à principal freguesia do concelho, Santa Maria, São Pedro e Matacães, onde conseguiu o 2.º lugar com 3.305 votos, surge como um dos vencedores destas eleições, após obter também o 2.º lugar na câmara, com 8.216 votos e o 3.º lugar na assembleia municipal com 7.360 votos.
A coligação Afirmar Torres Vedras (PSD/CDS/PPM) foi a grande derrotada destas eleições em Torres Vedras. Encabeçada pelo deputado do PSD, Duarte Pacheco, a coligação começa mal, quando os anteriores vereadores do PSD decidem deixar de integrar as listas. Na votação para a câmara municipal, a coligação perde 4.409 votos relativamente aos resultados obtidos em 2017 e perde 1 vereador. Para a assembleia municipal regista uma queda de 3.809 votos e perde 3 deputados. Com quebras significativas em muitas freguesias, alarga a sua votação e vence em Ponte do Rol, onde passa dos 452 para os 921 votos, vencendo também em Campelos e Outeiro da Cabeça.
O Aliança, tendo à frente Paulo Bento, presidente do partido e ex-vereador da câmara de Torres Vedras, embora tenha conseguido 1.977 votos para a câmara municipal e tenha conseguido eleger no Ramalhal (2), em Santa Maria, São Pedro e Matacães (1), em São Pedro da Cadeira (1) e na Silveira (1), não se firmou como um partido a ter em conta neste território, embora tenha elegido um deputado na assembleia municipal.
O Chega concorreu à câmara municipal (1.571 votos), à assembleia municipal (1767 votos) elegendo um deputado, e à freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães onde não elegeu nenhum representante. O Chega não se firmou como um partido a ter em conta neste território, embora tenha elegido um deputado à assembleia municipal.
Também o Bloco de Esquerda sai derrotado, como já reconheceu hoje em comunicado. O BE é um partido sem tradição autárquica fora dos grandes centros e isso notou-se muito em Torres Vedras, com quebras significativas da sua votação, na câmara municipal e na assembleia municipal, onde perde o seu deputado.
A CDU sai também derrotada desta eleição. Perde 666 votos pata a câmara municipal e 621 votos para a assembleia municipal, onde perde um deputado.